quarta-feira, 27 de agosto de 2014
REFLEXÃO DA PALAVRA
Apelo à coerência.
De certo modo, a crítica de Jesus aos escribas e fariseus exprime o desejo de Jesus de convertê-los do seu hermetismo que conduz à intolerância, ao mesmo tempo em que visa prevenir os discípulos contra a hipocrisia e apelar à coerência que deve caracterizar a vida cristã. O que está em foco no evangelho de hoje é a oposição entre exterior e interior. A prática religiosa dos escribas e fariseus está a serviço da vaidade pessoal. No entanto, a aparência de justiça não impede Deus de penetrar no coração e na verdade de cada pessoa. Deus, que perscruta o mais profundo da existência humana, não se deixa levar ou enganar pela aparência. Daí o apelo de Jesus dirigido aos discípulos de não cederem à tentação da imagem ou da aparência com o intuito de se fazer reconhecer (6,1). Deus vê no segredo, onde os olhos não alcançam (cf. 6,4.6.18). Nos vv. 29-32, Jesus lamenta a hipocrisia dos que pensam ser justos, pois eles instrumentalizam os profetas em benefício próprio. Não compreendem que o rigor legalista com que eles impõem aos outros fardos pesados os faz coniventes com a morte dos profetas. Não é a observância da Lei que Jesus ataca, mas a sua deformação.
Carlos Alberto Contieri, sj
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=27%2F08%2F2014
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