Somos seres canibais, a selva corre em nossas veias, é nosso
lado primitivo gritando
Parente dos macacos, homens primatas, homens das cavernas,
totalmente animalescos
Com estilo urangutango, dançando ula ula...
Na selva perdida, sobre a mata verde
Caçadas e mais caçadas
No meio dos animais
Somos todos iguais, sem distinção
E assim freneticamente falando
Como um lobo afoito
Nessa noite de lua cheia
Metade homem, metade lobo
Me componho
Me declino
Me refaço
Me resplandeço
Nessa alvorada
Que se renova a todo instante
Quero ir a caça
Quero ser a caça
Quero ser a presa
Enroscada no pescoço
Quero chupar todo sangue
Que escorre pela boca
Doce e vermelho
Num ar todo animalesco e canibal
Num vento sul que sopra
Ve a água torrente
Pra matar a minha sede
Depois da caça grande
Quero mais é uma rede
Nessa selva tão comprida
Já posso ver as estrelas
E dormir com o brilho
Delas e aqui jas minha despedia
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